“Do mesmo modo, vocês, maridos, sejam compassivos na vida conjugal, mostrando consideração para com as esposas, por serem de constituição mais delicada e também por serem herdeiras como vocês do dom da vida. Assim, a oração de vocês não ficará sem resposta”. (Pedro 3:7).
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Poema: O
passo
Ligou a
televisão e apareceu aquela enchente: naquela rua, naquela cidade. Foi para
cozinha. Abriu a geladeira: para falar que não tinha nada nela, enxergou,
abençoada, água. Logo, ouviu de longe, o som do noticiário: um homem tinha
aquele Porsche — difícil a semana que não comia estrogonofe. Só que, naquela
tarde, morreu — morreu de “overdose”. Agora. Foi para uma das portas do
guarda-louça. No fundo do móvel, não soube se por “sorte” ou “azar”, enxergou apenas
um pacote de arroz. Mas prepará-lo? Preguiça?
Falta de tempo? Outro dia, decidiria. Agora. novo barulho na caixa eletrônica.
Pelo intuito, percebeu, apareceu um indivíduo. O sujeito: morto a tiros. Se
tinha matado, roubado, ou, era inocente, o ibope, não era cinismo, para o
apresentador, aquilo, quero dizer, a filmagem, era jornalismo. Novo impulso. Foi
para sala. Queria sair. Antes, porém, concluiu: “desligar o televisor”. Para
ele, o eletrônico, a casa e a barriga, tudo: vazio. Conquanto, no seu eu, o que
estava acontecendo com o mundo, não era problema seu.
Autor: Denis Santos (Guarapuava - PR).
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