“Sede sóbrios e vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”. ( I Pedro 5: 8).
Poema: O coveiro
A frustração do coveiro Silva,
não foi terem combinado um preço com ele,
para afundar o buraco da cova e,
em seguida,
não lhe pagarem a quantia combinada.
Nada disso.
Ainda.
A frustração do coveiro Silva,
não foi por saber que todos ao redor do esquife,
moravam num dos melhores prédios da cidade,
eram famosos,
educados e,
comentavam: “preservavam a reputação”,
porém,
naquela tarde,
debaixo daquele solão,
“fingiam”,
cemitério,
não tinha horário para fechar o portão.
A frustração do coveiro Silva era,
na verdade,
ter que entender,
refletir,
concordar que,
em se tratando do ser humano,
“ignorância”,
não ia para o buraco,
naquele dia,
junto,
envolto,
com aquele enterrado,
morto.
Autor: Denis Santos (Guarapuava – PR).
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