"A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Romanos 13: 8).
Poema: A
menina
Estava
sempre tentando encontrar palavras, mesmo sabendo que, o que escrevia, talvez,
nem fosse ter “assim” uma dimensão tão afastada, como aquelas canções de dias
frios, ou, abafados, que ouvíamos sempre pelos rádios. Imaginava que, o que
escrevia, nunca fosse ter outro idioma, ou, chegaria em outro continente, ou,
aquele que chorava na beira do mar, fosse com ele, se alegrar. Mas… escrevia.
Ela, sempre com afinco. Naquelas suas idéias juntadas, naquilo que um dia,
talvez, nem fosse ter aquele sonho querido, de um dia, ser lido. Decerto, no
quarto, estocava uma montoeira de papéis (daqueles breves dias), com muita de
suas: “poesias”. Assim. Aí. E, porque escrever? Quem isso ia ler? Sendo que,
aquelas palavras imaginadas, nunca, talvez, tivesse a dimensão alcançada, como
as músicas de dias frios ou abafados que, nós ouvíamos sempre pelos rádios.
Sim. A verdade é que, a garota escrevia. Escrevia e, todos nós sabíamos.
Sabíamos que, o mundo nunca diria nada por ela, se não houvesse aquela
tentativa sua viciada de, inventar, parafrasear e depois, “de certo modo”,
compartilhar, aquilo que a vida, para ela, talvez, tivesse deixado a desejar.
Autor: Denis
Santos (Guarapuava – PR).
Comentários
Postar um comentário