"Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem". (Romanos 12:21).
Segue
o Primeiro Capítulo do livro mais ressente lançado por Denis Santos: "A aparição da rua Guaíra".
Quarta-feira
Um gafanhoto pousou num poste de
jardim — instalado em um dos sobrados da rua Guaíra (número: noventa mil e
vinte).
No mesmo sobrado, num dos quartos — o da direita, segundo andar — única
claridade que chegava à janela, pelo lado interno, foi desligada.
Não precisou o sopro forte do vento, para empurrar muitas das folhas
secas caídas de um pé de cedro, do jardim, para a calçada (pois, a fúria da chuva,
trabalhava sem preguiça). Sobre o beiral de pinheiro, assoviava alto o barulho
da raspagem preocupante da transformação climática. Um gato preto, com medo,
saltou do corrimão da proteção da sacada, para um muro estreito (muro, de dois
metros. Esse, separava fisicamente essa habitação, da do vizinho). Pela réstia
do farol de um Corolla, cor branco, ligeiro no asfalto, percebeu-se que a
arquitetura era pintada de cor verde claro.
Se não fosse quase nove horas, transeuntes: vindos dos empregos, saindo
das escolas e universidades, o fluxo deles, estivessem aos passos rápidos,
pelas calçadas.
Verão. Mas naquela hora, um tanto que o sereno do começo da noite,
deixava muitos dos portões, telhados e as folhas das vegetações por quase todos
os cantos do município, um tanto que úmidos. E, com o trinco da porta de
entrada daquele casarão, pintado cor de ouro, com ele, não foi diferente...
Comentários
Postar um comentário